Por Ricardo Setti
Sete anos após a eclosão do maior escândalo
da política nacional, o ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu,
braço direito de Lula e grande mentor de um projeto estalinista de tomada do
Estado por um partido, o seu, o PT, é condenado pela mais alta corte de Justiça
do país, mesmo antes do voto de todos os 10 ministros, pelo crime de corrupção
ativa - por comprar apoio ao governo Lula com dinheiro sujo.
O mesmo destino tiveram, por votação mais
ampla, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio
Soares.
A condenação, ainda que por ela eventualmente
- repito, eventualmente - Dirceu não vá cumprir pena de cadeia (há que aguardar
o julgamento dos outros crimes de que ainda é acusado no processo e a
atribuição de penas pelos ministros), encerra, de forma peremptória e
dramática, a carreira política do ambicioso ex-líder estudantil, ex-exilado,
ex-clandestino, ex-candidato ao governo de São Paulo, ex-deputado e ex-ministro
que, não fora a eclosão do escândalo do mensalão, em 2005, seria o delfim de
Lula, o homem que muito provavelmente estaria, hoje, ocupando o Palácio do
Planalto.
A condenação pelo Supremo faz justiça ao
grande executor do esquema corrupto e livra a vida política do país, até onde a
vista alcança, da atividade deletéria de um pretenso defensor da democracia que
sempre abrigou um projeto totalitário.
Fonte: "Blog de Ricardo Setti"
Um comentário:
...e ex-pretenso futuro ocupante do Planalto. Ainda bem, já era.
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