Estantes
que fogem dos padrões: essa é a nova aposta do setor de arquitetura e decoração
para levar aos espaços muita ousadia e originalidade
Projeto do designer Marco
Reis: A estante em formato geométrico possui vários nichos, que aumentam as
possibilidades de uso. Além disso, a peça, por si só, é uma objeto decorativo.
Projeto da arquiteta
Marina Dubal: Sala de estar, jantar e estar íntimo dividiam o mesmo lugar. A
estante, também usada como divisória vazada, serviu para quebrar o espaço
excessivamente longitudinal, criando um efeito visual rico.
Fotos: Divulgação
Inovar nem sempre é fácil. Mas na arquitetura e decoração, os
profissionais têm encontrado maneiras muito criativas para sair do padrão e
tornar os ambientes mais dinâmicos, originais e agradáveis. Para conseguir
trazer personalização de forma inovadora, a aposta da vez são as estantes.
Para começar, nada de simetria e linhas retas. Estantes que são quase uma
escultura, assimétricas, com muitas curvas e desenhos livres, e que marcam
presença no espaço tornando-o leve, cheio de personalidade e criatividade é a
aposta da vez.
A arquiteta Marina Dubal explica como surgiu à demanda
por esse tipo de móvel: "Com apartamentos menores, a integração dos espaços se
faz quase que obrigatória. Dentro desse contexto, as conhecidas estantes ou
divisórias entre ambientes podem ser um elemento escultórico que agrega charme
e originalidade. Com um design mais marcante, composição volumétrica rica, que
por si só já causa um efeito interessante, elas ganharam muitos adeptos".
O designer de interiores Marco Dias Reis lembra que esse tipo de estante
se trata de uma manifestação contemporânea. "É uma forma de decoração mais despojada
e despretensiosa, que visa fugir do lugar comum, de provocar", conta. Apesar
disso, ele destaca: "Claro que há sempre uma mensagem, um conceito por trás da
peça".
Marina ressalta que esse mobiliário pode ter várias funções, não apenas
estética, como a de interseção de espaços: "Tudo depende da necessidade do
cliente. Uma estante pode dividir um espaço e ser usada para duas funções. Caso
divida a sala de jantar e o estar íntimo, ela pode servir como abrigo para
adornos ou até um armário de apoio para louças na sala. No estar, pode ser
apoio para livros, DVDs, porta-retratos, entre outros".
Mas se o propósito é que haja conexão entre os ambientes, esse tipo de
estante também cai bem. "Quando a intenção é permitir certa integração dos
espaços divididos pela estante, essa peça pode ser vazada, com design mais
marcante, sem a obrigação de servir de apoio para adornos ou livros. Nesse
caso, a estante passa a ser divisória e pode criar efeitos interessantes com a
iluminação natural e artificial", ensina Marina.
Marco já aderiu às estantes nada convencionais. "Desenhei uma estante
para um ambiente, o quarto da moça, na sexta edição da mostra Morar Mais por
Menos. Além de ser uma peça bastante expressiva, ela agregou design e novas
formas ao espaço. O diferencial é o desenho - toda assimétrica, com vários
recortes. A estante também é versátil, seus nichos podem ser usados de varias
maneiras", conta.
Marina também não ficou de fora dessa forma de fugir dos padrões e
inovar. "No meu projeto, especifiquei uma estante que divide a sala de jantar e
sala de estar íntimo. O design segue traços minimalistas, usando módulos
repetidos que facilitam a execução e criam um efeito plástico interessante. Ela
permite uma integração parcial entre os ambientes, mas possibilita privacidade
para os usuários do estar íntimo. Além disso, o móvel cria efeito visual rico e
contemporâneo”", encerra.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla
Comunicação)
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